Mês: dezembro 2010

Literatura na própria pele

Os marinheiros e as borboletas dos posts recentes me fizeram lembrar da onda de tatuagens literárias, um par de anos atrás. Aquelas que se referiam a livros propriamente foram mais o caso de uma marolinha, como diria o presidente. Desta vez diria com acerto, porque as coisas que envolvem literatura não são assim um sucesso

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O rap de Otelo e Desdêmona

Quando eu comecei a fazer uma seleção das adaptações literárias para desenho animado, tinha decidido excluir os tecnicamente toscos. Abri uma exceção para este, terceiro da série, porque ele é uma daquelas ruindades que chegam perto da excelência. Adaptado de Otelo, de William Shakespeare, o vídeo se chama Othello em Three Minutes. Seu autor, que

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Edgar Allan Poe em Springfield

[flashvideo file=http://www.almirdefreitas.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/10/Edgar-Allan-Poe-em-Springfield.flv /] Aqui vai, como prometido, uma segunda adaptação de obra literária para desenho animado. Desta vez, algo mais leve que a versão japonesa para Kafka, embora ainda estejamos no território do fantástico: O Corvo, de Edgar Allan Poe, num episódio especial de Halloween de Os Simpsons — para quem quiser conferir, foi o

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Quatro atrizes em 16 mm

Hoje (quase) todo mundo tem (relativa) familiaridade com as câmeras de TV, e, se não tranquilidade, ao menos conhecimento da linguagem e da, digamos, “etiqueta” exigida pela ocasião. Mas, claro, nem sempre foi assim. Mesmo gente que se dá muito bem na frente das câmeras já teve suas dificuldades priscas eras atrás, quando a TV

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Nós, as focas e os gibões

A Grande História da Evolução, de Richard Dawkins (Companhia das Letras, 792 págs., R$ 59) é realmente um livro fascinante. A quantidade de páginas – sobretudo as que eu ainda tenho de vencer – me impedem, por ora, de fazer uma avaliação mais geral da obra desse autor, cuja mesa na Flip, que começa daqui

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O mundo colorido de Sebald

Semana passada, prometi voltar a Sebald, mostrando outras cores combinadas espalhadas nas muitas descrições de sua obra. Como o último trecho daquele post (clique aqui para ler) evidenciava, a paleta vai muito além do cinza. Para começar, o amarelo-ouro e o verde-musgo citados naquele post: O verde, aliás, merece um parêntese. Em Austerlitz: “A certa

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3 temas existenciais em Snoopy

Sem querer teorizar demais, eu diria que temos, pela ordem, a questão existencial expressa 1) com a ingenuidade sábia das crianças; 2) com o sarcasmo típico de quem não participa (ou não participa ainda) do mundo como ele é; e 3) com o cinismo típico dos personagens mais simpáticos das tiras. Mais que isso vira

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O mundo cinza de Sebald

Na obra do alemão W. G. Sebald, as descrições são tão importantes para dar corpo às narrativas que, às vezes, o grau de minúcia a que elas descem chega a ser atordoante. Exatamente por isso, apontei em um texto a “clareza cristalina” de sua literatura (para ler, clique aqui), o que, entretanto, não significa dizer

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A vida em super 8

O clipe da música Postcards From Italy com imagens de filmes Super 8, da banda Beirut (uma dica preciosa da Flávia, thanks), já é um pouco antigo, mas é um dos exemplos mais bem-acabados de como as mídias podem absorver e reproduzir (com o tempo) um complexo de afetos. E como, por isso, adquirem um

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